De 22/2 a 5/3 acontece na Escola do Legislativo a exposição Mundos, de Antônio Cruz
Antônio é conhecido como o poeta do aço por duas razões. Porque consegue vencer a resistência desse metal capaz de sustentar torres de cem andares e porque, a partir do aço, inventa imagens e conta histórias. Na série Mundos, por trás da névoa iridescente que surge do jogo entre a luz e o metal, encontramos uma Aracaju distópica ou utópica, visitada ou vigiada por estranhas naves (ou formas).
Na busca por novos materiais e técnicas artísticas, Cruz inventa modos de vencer a dura materialidade, sempre trágica, com a espiritualidade própria do conto ou do sonho. Se refletir é pensar mais de uma vez numa mesma coisa, se é baixar a velocidade de circulação das ideias na mente -ou seja, meditar-, então a amostra do poeta do aço invita a refletir, sem que isto soe a lugar comum. O ritmo da internet e sua oferta de infinito entretenimento leva-nos a pensar mais no que estamos perdendo que no que estamos vendo aqui e agora. Num contexto cultural como esse, parar para ver um quadro, meditar sobre uma possível futura Aracaju, é um ato quase revolucionário.
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