Jack o estripador era em inglês “Jack the ripper”. Os críticos mais ácidos da obra de Jackson Pollock chamavam-no de “Jack, the dripper”; em português, “Zé do pingo”. Pollock colocava telas enormes no chão e pingava cores sobre elas, atravessando-as ou gotejando as tintas.
Como as telas ficavam secando no atelier -um enorme galpão no quintal da sua casa- os insetos tinham via livre. Por isso, na tela “Uno: número 31”, que pode apreciar-se no MoMA, em Nova Iorque, tem uma mosca presa na tinta desde 1950.

Pollock foi um precursor do rebelde pop, essa figura que vive e morre por e para sua expressividade e que enfrenta o mundo com tais franqueza e agressividade que acaba embarcando na sua própria autodestruição.
Nos anos 30, seguia o guru indiano Krishnamurti, coisa não muito normal nos Estados Unidos. Além disso, fazia psicoterapia junguiana, um estranho método que postulava o inconsciente coletivo, um substrato insondável da consciência humano que era o mesmo em todos os humanos. Essas duas linhas mestras da sua vida, mais a da arte é claro, estiveram sempre atravessadas pelo álcool. Sóbrio era introspectivo; bêbado era violento.

Na década de 40 foi benzido pela elite de Nova Iorque, teve sua primeira amostra pessoal organizada pela aclamada galerista Peggy Guggenheim. Fazia parte da elite dos que vendiam seus quadros bem caro.
Em 1956, a no carro com sua amante e um amigo, estava bêbado, perdeu o controle e morreram ele o outro homem.
Em 2006, seu quadro “No 5” foi vendido por 140 milhões de dólares, passando a figurar no top ten dos quadros mais caros da história da arte.
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